Suicídio 100 Tabus
O Suicídio assim como os próprios comportamentos suicidários ainda são vistos como um assunto Tabu. Por diversas razões, o evitamento, aparamente, parece ser "a melhor" solução. Perde-se mais tempo a discutir o comportamento em si, mas não as razões e os porquês que levaram a determinada pessoa colocar termo à sua própria vida.
Estima-se que, segundo dados recentes do Eurostat, que ocorram pelo menos 58.000 suicídios, por ano, apenas no continente europeu. É bastante preocupante se repararmos que, em termos estatísticos, ocorram pelo menos 3000 mortes por suicídio todos os dias, o equivalente a uma morte por cada 40 segundos, segundo a Organização Mundial da Saúde. Apesar de serem os mais idosos que cometem mais suicídios, são os mais novos, como idades entre os 15 e 44 anos de idade, que apresentam métodos mais letais, presentando ser uma das três principais causas de morte nestas idades. Através destes dados, alarmantes, podemos concluir que o suicídio representa, claramente, um problema de saúde pública.

Porque uma pessoa decide colocar por termo à sua vida?
Diversos estudos apontam para várias razões para que a pessoa decida, por si, colocar um fim da sua vida, as mais comuns são:
Uma solução para por fim ao seu sofrimento;
Falta de esperança;
Dor psicológica e emocional intensa;
Necessidades psicológicas ausentes e/ou inexistentes;
Cessar de consciência (deixar de sentir);
Como é caracterizado o Suicídio?
Segundo diversos autores, caracterizam o suicídio como um ato deliberado, protagonizado e iniciado pela pessoa com o objetivo de colocar fim à sua vida, na qual espera que este seu comportamento tenha um resultado fatal. É importante salientar que, o pensar é diferente de agir, uma vez que existe um amplo espetro no que diz respeito aos comportamentos suicidários, ou seja, um pensamento nem sempre leva a ação. Uma pessoa pode ter pensamentos suicidas e nunca ter conseguido, por diversas razões, consumar o ato.

Como podemos ajudar alguém que adotou ou que pensa em adotar este tipo de comportamentos?
Apesar de todas as estratégias que possamos vir a utilizar, em primeiro lugar, precisamos de avaliar a nossa segurança primeiro.
De várias estratégias existentes, destacam-se:
Ajudar na luta pela falta de esperança;
Ouvir a pessoa sem a julgar, mostrando uma atitude empática;
Estimular a resiliência da pessoa;
Ajudar na compreensão que o mundo não é binário, que não existe apenas o preto e o branco, e sim que existem várias tonalidades de cores. No fundo que podem existir outras soluções para além do decidir colocar fim à vida;
Ajudar na procura e projeção de necessidades e eventos futuros;
Auxiliar na manutenção da autoestima da pessoa;
Auxiliar a pessoa na perceção no valor e na hierarquia das coisas.
